
Se quer queimar alguns neurônios, tente entender isso:
Decole digamos, 13:00 de terça, viaje por 10 horas, e chegue as 16:00 de quarta, sem ter uma noite entre estes dois dias.
Ziguezagueando no oceano pacífico está a linha de mudança de data, ou a Internacional Date Line (IDL), perto do meridiano 180°, indicando a separação entre o hoje e o amanhã.
Apesar do nome, esta linha não é precisa e não está fixada por tratado ou por lei internacional alguma.
Este paradoxo aparece em antigas cartas de navegação, desde 1270, para desafiar a imaginação de marinheiros que relatavam de como se podia, dependendo da direção de sua viagem, ganhar um dia ou perdê-lo, ao final da circunavegação.
Apenas no século 19, com a evolução dos barcos e das comunicações, a linha chegou ao conhecimento da maioria de astrônomos, geógrafos e navegadores.
Jules Verne tornou famoso este fenômeno com o livro ‘Volta ao Mundo em 80 dias’(1873), mas antes dele, Edgar Allan Poe escreveu o não tão conhecido, ‘Uma sucessão de domingos’(1841), onde um homem muito rico promete a mão de sua sobrinha a um jovem, com a condição (impossível) que três domingos ocorressem no intervalo de uma semana.
A condição foi satisfeita quando ao encontrar dois capitães de navio que haviam completado uma circunavegação do globo, aquele que havia viajado para leste dizia que era segunda-feira, e que ontem fora domingo. O outro, que havia viajado na direção oeste, dizia que era sábado e que só seria domingo no dia seguinte.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Linha de mudança de data
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