terça-feira, 22 de julho de 2008

Mister Abreu, esta é a sua vida

As pessoas não respeitam fila.
Funcionárias de limpeza fazendo corpo mole, conversam num canto enquanto o chão espera sujo.
As esteiras de bagagem são velhas.
Uma câmera de vigilância desativada (ou quebrada), não me vê pegar as malas.
Um copo de papel amassado debaixo do banco.
O tecido do assento está rasgado.
De volta ao Brasil.
Fora do aeroporto, um taxista mal-humorado, que não devolve meu boa-tarde, empurra minhas malas para dentro do porta-malas desarrumado, e não espera eu fechar a porta para partir.
A cidade cinzenta, a linha vermelha idem, até o ar é cinzento.
De volta ao Brasil.

Percebo que a palavra para os próximos dias vai ser 'readaptação'.

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