Não é só na Inglaterra que se fatura com o mundo sobrenatural e não é de se espantar que no Japão, com tanta tradição no culto aos mortos, isso também ocorresse.
Alguns anos atrás, foi bastante divulgada a mudança do então ministro Junichiro Koizumi, para uma nova residência. A alegação foi de que o primeiro ministro queria modernizar a sua imagem, mas para os japoneses, a mansão oficial (um casarão de 70 anos) estava assombrada.
"O exorcismo se tornou uma indústria multibilionária no Japão", diz uma reportagem do jornal americano Los Angeles Times.
Exorcistas e caça-fantasmas oferecem seus serviços para grandes empresas e não cobram barato, 400 dólares a 160.000 dólares, dependendo do serviço.
Um famoso samurai que morreu há mais de 1.000 anos, possui uma conta bancária administrada por uma sociedade, e com um saldo de quase 200 mil dólares.
No Japão, ninguém dúvida que eles existem. Em algumas cidades, alguns lugares são famosos por serem considerados assombrados, como em Misasagi, que quer dizer mausoléu.
A polícia todo mês recebe ligações por causa das ‘aparições’.
São muitas as superstições japonesas, algumas são absurdas e engraçadas, mas aquelas que dizem respeito à morte são levadas à sério.
Nunca se deve espetar o hashi (palitos de comer) em qualquer comida, mas especialmente no arroz, porque apenas em funerais, o hashi é fincado na tigela do arroz, que é colocada no altar.
Nunca se deve passar uma comida de hashi para hashi, pois é um gesto praticado com os ossos de cremação.
Deve-se sempre arrumar o futon de maneira que se durma virado para o sul, nunca para o norte. Essa é a posição que o corpo de uma pessoa morta é colocado, em um funeral budista.
Tirar uma foto com 3 pessoas, fará com que a pessoa que estiver no meio das outras duas, morra logo ou sofra uma grande tragédia.
Muitas pessoas cobrem os espelhos do quarto, à noite, por medo que uma mulher de outro mundo atravesse o espelho e os leve embora para sempre.
Traz azar responder a uma pessoa que fala enquanto dorme.
Dá azar quebrar um pente ou tira do geta (tamanco de madeira) ou do zori (chinelo de palha).
Terá um dia ruim se um cortejo fúnebre passar em sua frente, já um bom presságio é um passarinho defecar em sua cabeça.
O número ‘4’ é pronunciado como ‘shi’, em japonês, que é a mesma pronúncia para a palavra morte. Portanto, não se deve presentear nada ligado a esse número, ou composto por 4 peças. Em alguns hotéis  o quarto número 4 é pulado e o número ‘9’ é pronunciado como ku, que é a mesma pronúncia da palavra dor. Hospitais geralmente não têm o quarto e o nono andar.
 (fonte Aliança Cultural Brasil Japão)
sábado, 19 de julho de 2008
Fantasmas de Tóquio
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