terça-feira, 1 de julho de 2008

O começo


Vou fazer uma rápida introdução à viagem propriamente dita, falando sobre outra, que começou bem antes, lá por volta do ano de 1973, e que teve como ponto de partida, um aparelho de televisão.

Creio que meu fascínio pelo Japão começou ali, na frente da telinha.



Descobrir um lugar, onde criaturas monstruosas (com zíper nas costas) destruíam toda uma cidade, e que a despeito das bombas, tiros e disparos de armas atômicas, estava de pé no dia-capítulo seguinte (uma nota de admiração aos engenheiros e arquitetos), cativou-me definitivamente.





Algo bem diferente da entediante vida de um menino do subúrbio do Rio (Méier), as voltas com a escola e as intermináveis lições de casa, e nascido durante os anos da ditadura militar.

O que poderia ser melhor do que conviver com o fantástico? Heróis do espaço (kyodai), armas laser, discos voadores e monstros gigantes (kaiju eiga), repletos de efeitos especiais (tokusatsu), filmes da Toho Pictures, Toei, de Inoshiro Honda, Eiji Tsuburaya... e ao final, o mundo sendo salvo, por maior que fosse a ameaça.


Sem esquecer as belas e enigmáticas mulheres, que pareciam esculpidas em marfim, com seus longos cabelos negros e lisos.

Aquele povo pálido e de olhos puxados é que era feliz!


Permitam-me então fazer uma homenagem aos meus heróis de infância, responsáveis pela formação do meu imaginário e também companheiros de viagem.






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